Fotos: Lucas Amorelli (Diário)
Os contêineres laranjas, para resíduos secos, ficam ao lado das unidades para lixo orgânico, que são cinzas
Qualquer criança em idade escolar é capaz de explicar que uma das formas de "proteger" o meio ambiente é com a separação de resíduos secos e orgânicos. Contudo, como o colega Deni Zolin pontuou em coluna na edição do final de semana, Santa Maria, que tem 278 mil habitantes, conta com apenas 10 contêineres para a coleta seletiva, que são da cor laranja. Segundo o secretário de Meio Ambiente, André Domingues, este cenário deve se manter na cidade até setembro.
Ele explica que o planejamento era ter distribuído 100 contêineres laranjas, de 150 previstos para o município, ainda no ano passado. Porém, como informado pelo titular da pasta em outubro do ano passado ao Diário, e reforçado ontem, o contrato de coleta (de um ano, renovável por mais um ano) tem vencimento em 30 de agosto deste ano e até lá o documento não pode ser alterado.
MAIS UNIDADES
Até sexta-feira, a cidade tinha apenas cinco unidades laranjas, instaladas em maio do ano passado, mas cinco contêineres para lixo seco foram distribuídos na última sexta-feira:
CINCO DESDE MAIO
- Rua do Acampamento, em frente ao número 65
- Rua Appel, em frente ao número 64
- Rua Serafim Valandro, entre a Rua dos Andradas e a Rua Silva Jardim
- Rua Venâncio, em frente ao número 2.741
- Rua Duque de Caxias, em frente ao número 1.295
CINCO DESDE SEXTA-FEIRA
- Avenida Fernando Ferrari, em frente ao número 1.210
- Rua Euclides da Cunha, esquina Avenida Nossa Senhora das Dores, em frente ao número 1.986
- Rua General Neto, em frente ao número 538
- Rua Benjamim Constant, ao lado do número 1.044
- Rua Venâncio Aires, junto ao Centro Administrativo Municipal
Mesmo com poucas unidades dos contêineres laranjas pela cidade, Domingues acredita que há um papel social de conscientização da população.
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- Estes (contêineres) laranjas estão aí para instalar a cultura da separação de resíduos nas pessoas. O pessoal já se entendeu e se assumiu como uma sociedade de consumo, mas não entendeu que é responsável pelo descarte do lixo que produz - avalia o secretário.
USO AINDA DIVIDIDO
Na tarde de ontem, por volta das 14h, o bancário Rogério Guerino, 55 anos, saiu do conforto de casa, em uma rua próxima à Avenida Fernando Ferrari, para usar o recém alocado contêiner de resíduos secos. Ele conta que concluiu uma reforma há pouco em casa e optou por não colocar lixeira na calçada, pois sabia que os contêineres (de lixo seco e orgânico) ficariam a cerca de meia quadra de sua residência.
Já o estudante Leonardo Welter, 20 anos, diz que não separa o lixo em casa porque não sabia da existência dos contêineres laranjas.
- Este é o primeiro que vejo na cidade - diz, apontando para a unidade da Rua Venâncio Aires, próximo à prefeitura.
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Apesar de saber que dez contêineres de lixo seco estão pela cidade, Welter comenta que até ter um na rua em que mora, no Bairro Rosário, provavelmente seguirá sem separar os resíduos secos e orgânicos.